A esterilidade feminina faz referência a incapacidade de alcançar a fertilização por parte da mulher. Apesar de esta palavra ser, habitualmente, utilizada como sinónimo de infertilidade, as duas não têm o mesmo significado.

Na esterilidade o problema está no óvulo (quando produzido), que não pode ser fertilizado pelo espermatozóide. Na infertilidade feminina a fertilização do óvulo é feita e há uma gravidez, contudo, e devido a causa originárias na mulher, essa gravidez não chega ao seu correcto término. Falamos de esterilidade feminina quando a mulher apresenta alguma alteração que a impede de ser mãe.

 Causas da esterilidade feminina

As causas de esterilidade na mulher podem ser classificadas em quatro factores, dependendo de onde se encontra o problema:

Factor endócrino ováriani

Neste caso, o problema é produzido por alterações no ciclo menstrual ou ováriano ou pelo facto de que a mulher não é capaz de produzir óvulos. Este factor é denominado de endócrino porque o ciclo menstrual é controlado por diversas hormonas que intervêm, num momento determinado, no ciclo. Variações nestes níveis hormonais produzem alterações na menstruação. Alterações pontuais no ciclo menstrual são comuns e não são motivo de preocupação. A esterilidade acontece quando o problema persiste no tempo e quando chega a ser crónico.

Mesmo na presença de menstruações regulares pode existir um problema de esterilidade por factor ováriano. Pode existir uma falha ovárica oculta que impeça a produção de um óvulo funcional e maduro capaz de sair do ovário. Outra causa possível está conectada com uma fase lútea insuficiente. Os ginecologistas avaliam a evolução do ciclo menstrual e, mediante alguns exames de sangue, controlam as concentrações hormonais, podendo detectar qualquer anomalia.

Factor tubário

O factor tubário faz referência as trompas de Falópio, que desempenham um papel fundamental na reprodução, visto que transportam o óvulo, permitem a entrada dos espermatozóides e é no seu interior onde ocorre a fertilização. Posteriormente, o embrião desloca-se pelas trompas de Falópio até chegar ao útero, onde implanta-se.

As trompas devem ser permeáveis e funcionais para que uma gravidez natural possa ocorrer. Pelo menos uma delas deve estar em perfeitas condições. Se ambas estão obstruídas há uma esterilidade feminina por factor tubário.

Factor cervical

O colo do útero ou cérvice é o primeiro lugar que os espermatozóides têm de atravessar no seu caminho em direcção ao óvulo. Logo, se existem obstruções na forma de pólipos ou miomas, a entrada dos espermatozóides e fertilização do óvulo pode ser dificultada. Por outro lado, o muco cervical também ajuda na movimentação dos espermatozóides no interior do útero. Inflamações, infecções ou mudanças no PH podem provocar esterilidade na mulher.

Problemas de fertilidade feminina

Factor uterino

A esterilidade no útero pode ser causada por malformações uterinas ou por problemas no endométrio, isto é, a camada interior do útero na qual ocorre a implantação do embrião.

As alterações uterinas podem ser congénitas, ou seja, podem estar presentes desde o nascimento e pressupõem a existência de um útero com uma morfologia diferente da normal que o impede de ser funcional, ou podem produzir-se posteriormente. Neste último caso, a formação de pólipos ou miomas impedem que a gravidez possa evoluir com normalidade. Por outro lado, existe a endometriose, uma doença que consiste na inflamação do tecido endométrico. Segundo o grau de gravidade desta doença a fertilidade da mulher pode ser afectada.

Existem, ainda, outros factores que afectam a esterilidade mas que podem produzir-se em ambos os sexos, como por exemplo:

  • A esterilidade de origem desconhecida.
  • O factor imunológico.
  • O factor psicológico.