O síndrome da hiperestimulação ovárica (SHO) é uma alteração autolimitada, já que desparece com a menstruação. Neste caso o SHO tem uma duração de entre 10 e 14 dias.

A resolução clínica do SHO acontece com a diminuição da hormona HCG. A gonadotrofina coriónica humana é uma hormona utilizada na detecção de gravidezes. A sintetização desta hormona ocorre no cérebro dos homens e das mulheres com diferentes objectivos:

  • Homens: intervir na produção de testosterona nos testículos.
  • Mulheres: estimular o amadurecimento do óvulo.

Ademais, a HCG é, também, produzida numa região da placenta (sincitiotrofoblasto) e do embrião, logo, o seu nível aumenta em mulheres gravidas.

Síndrome da Hiperestimulação Ovariana

A HCG durante a gravidez previne a desintegração do corpo lúteo no ovário e, portanto, mantem a produção de progesterona, muito importante para a correcta evolução da gravidez. Intervém, ainda, no processo de tolerância imunitária durante a gravidez.

Como a HCG começa a ser segregada depois dos primeiros 6 dias de gestação, pode ser utilizada como um indicador de uma gravidez. Por esta razão, no caso de haver uma gravidez, o SHO pode prolongar-se e piorar o quadro clínico da gestante. O SHO que se manifesta tardiamente pode prolongar-se por 60 ou 70 dias.