A paciente submetida a um tratamento de fertilidade é monitorizada periódica e exaustivamente pelo seu médico através de análises de sangue e ecografias pélvicas.

Habitualmente, desde o segundo ou terceiro dia de administração de hormonas são agendadas visitas médicas diárias e, em função da resposta do ovário, a dose de hormonas é ajustada com o objectivo de não produzir uma hiperestimulação ovárica descontrolada.

Se o nível de estrogénio da mulher em tratamento elevar-se demasiado ou repentinamente durante o tratamento, o risco de desenvolvimento do síndrome da hiperestimulação aumenta. Neste caso, é possível que o médico tenha de baixar, ou até suspender, a dose de medicamentos que a mulher está a tomar.

Prevenção do SHO

Medidas de prevenção

Não existe nenhuma medida de prevenção do síndrome da hiperestimulação ovárica 100% eficaz. As medidas de prevenção utilizadas actualmente são as seguintes:

  • O perfil da paciente. É necessário prestar especial atenção em casos de mulheres com menos de 35 anos e com um historial prévio de SHO ou de síndrome do ovário policístico.
  • Se existir risco de desenvolvimento do SHO a estimulação da ovulação deve ser travada ou a administração de HCG deve ser adiada.
  • Administração de HCG. A dose de HCG pode ser diminuída ou a sua administração pode ser cancelada. No caso da HCG não poder ser utilizada para estimular a ovulação, pode ser substituída pela LH recombinante ou por análogos de GnRh.
  • A punção e aspiração folicular faz diminuir a gravidade do SHO.
  • No suporte da fase lútea a administração de HCG deve ser evitada. Progesterona natural pode ser utilizada em substituição.
  • A prescrição de albumina.

Se, após tomar todas as precauções possíveis, o risco da mulher padecer de SHO não diminui, o ciclo de inseminação artificial, fertilização in vitro ou ICSI deve ser cancelado.

Outra opção é fazer a transferência embrionária depois de passado algum tempo e depois do desaparecimento completo do SHO. Neste caso, os embriões têm de ser criopreservados.