Antes de se submeter a uma técnica de reprodução assistida é importante que o casal ou mulher solteira estejam bem informados sobre todo o processo e que consultem um médico que os possa orientar. Em termos gerais será pedido aos pacientes o seu historial médico e a realização de alguns exames que avaliam as suas condições físicas.

Mediante uma ecografia são descartados possíveis problemas como malformações uterinas que possam afectar a fertilização do óvulo, a implantação do embrião ou a correcta evolução da gravidez.

Para que certas patologias hormonais sejam descartadas, um estudo do nível hormonal da mulher é realizado através de análises de sangue feitas em determinados dias do seu ciclo menstrual. Entre o terceiro e o quinto dia do ciclo são analisadas as concentrações de progesterona, soro inibina e FSH. Um outro exame apelidado de serologia deve ser, ainda, feito aos membros do casal para que seja possível confirmar que não existem riscos de transmissão para a futura criança de Hepatite B, Hepatite C, VIH, rubéola, sífilis ou toxoplasmoses.

Um exame que comprova a permeabilidade das trompas de Falópio da mulher é realizado através de técnicas como a histerossalpingografia (estudo radiológico do aparelho reprodutor feminino após a injecção de um líquido de contraste) e como a hísterossonografia que consiste na introdução de um fluído salino no colo do útero que permite uma melhor observação do útero e das trompas de Falópio.

IA

Se todos os resultados dos exames anteriores forem positivos, e se reunirem-se os seguintes requisitos, a inseminação artificial pode ser feita:

  • A mulher possui pelo menos uma trompa de Falópio funcional.
  • O homem deve apresentar, após a capacitação de esperma, uma contagem de espermatozóides móveis igual ou superior a 3 milhões de espermatozóides no sémen ejaculado e com mais de 15% de mobilidade de forma rectilínea. Se o sémen do homem não cumpre estes requisitos a inseminação artificial deve ser feita com o sémen de um dador.
  • É preciso, ainda, ter em conta a idade da paciente. A realização de uma inseminação artificial não está aconselhada para mulheres com mais de 36 anos, já que, as garantias de êxito são poucas.