A saúde da mãe antes da gravidez, os seus hábitos alimentícios e de consumo de tabaco e álcool, os tratamentos com fármacos e a exposição a componentes tóxicos são factores muito importantes e que podem influenciar o desenvolvimento da gravidez e a saúde do feto. As doenças maternas podem afectar o bebé. Para que a gravidez se desenvolva sem problemas e complicações a mãe deve tomar algumas precauções, principalmente se, antes da gravidez, sofrer de alguma doença.


Existem determinados agentes externos que aumentam as probabilidades de malformações congénitas. Estas malformações são alterações anatómicas, estruturais, funcionais, metabólicas ou comportamentais que se desenvolvem nas etapas de desenvolvimento embrionário, logo, manifestam-se desde o nascimento do bebé.

Nas primeiras semanas de desenvolvimento embrionário uma das mais importantes estruturas do feto começa a desenvolver-se: o tubo neural. A infestação de suplementos de ácido fólico durante as primeiras semanas de gestação ajudam a prevenir o aparecimento de defeitos do tubo neural.

A exposição pré-natal ao álcool é uma das causas mais comuns de atrasos mentais que pode ser facilmente evitada. Por este motivo as mulheres gravidas não devem consumir álcool durante a gravidez e fase de amamentamento. Quanto maior for a ingestão do álcool maiores serão os efeitos no bebé, por isso os maiores problemas são diagnosticados em filhos de mães alcoólicas.

No caso da mulher sofrer de alguma doença como a epilepsia, deve consultar um médico antes de engravidar para, na medida do possível, modificar a medicação por uma menos tóxica para o feto e eficaz para si.

Alcool e gravidez

Entre os agentes externos que podem afectar o desenvolvimento fetal podemos encontrar:

Agentes físicos e químicos

Radiação ionizante, solventes orgânicos compostos por carbono, substâncias que produzem efeitos semelhantes aos do álcool e dos anestésicos.

Deficiências nutricionais

A falta de iodo e de ácido fólico pode provocar hipotiroidismo ou atraso mental no feto no caso da falta de iodo e o aparecimento de uma espinha bífida no caso da falta de ácido fólico.

Fármacos

Misoprostol, antiepilépticos, etc, podem provocar abortos, atrasos mentais e defeitos congénitos, entre outros.

Doenças maternas

Doenças como diabetes, o hiperandroginismo ou o lúpus afectam o desenvolvimento fetal e causam defeitos congénitos, reversão sexual no caso do androginismo e bloqueios cardíacos no caso do lúpus.

Drogas

Tabaco, álcool, cocaína, drogas sintéticas, etc, podem provocar abortos, atrasos mentais e defeitos congénitos.

Infecções vírias

Existem determinadas infecções vírias que a mãe pode contrair e que podem ter um efeito negativo no crescimento do feto. Essas infecções são a varicela e a rubéola. Para evitar complicações durante a gravidez há que comprovar que a mãe foi vacinada contra estas doenças e, em caso de dúvida, vacinar antes da gravidez.

A rubéola durante a gravidez pode desencadear o síndrome da rubéola congénita no bebé. Se o contágio ocorrer nas primeiras semanas de gestação, antes da 16ª semana, pode ter efeitos graves no feto como a cegueira, a surdez, atrasos mentais ou alterações cardíacas.

A varicela pode gerar no feto o síndrome da varicela congénita. Antes da 13ª semana de gestação o risco de contágio é muito baixo (0.4%) mas, entra a 13ª e a 20ª semana de gestação esse risco aumenta cerca de 2% podendo causar malformações fetais como cicatrizes na pele ou problemas de visão e audição.

Uma mulher que deseja engravidar deve, ainda, fazer testes de VIH, hepatite, herpes, toxoplasma, etc.

Diversos estudos demonstram como certos factores influenciam o desenvolvimento do feto e, posteriormente, a vida do indivíduo. Alguns benefícios de um desenvolvimento fetal saúdavel são um melhor rendimento escolar da criança, melhor saúde na adolescência e vida adulta, menor índice de obesidade de hipertensão ou de doenças cardiovasculares.