A doação e a reprodução assistida estão directamente relacionadas. Muitos casais que se submetem a um tratamento de reprodução assistida precisam recorrer a doação para poderem ser pais.

As pessoas que decidem doar sémen, óvulos ou até embriões fazem-no como um gesto altruísta ou como um acto de boa vontade perante os problemas de fertilidade de outras pessoas. No caso da doação de sémen e óvulos uma compensação económica é paga para fazer frente as moléstias causadas pela doação. Esta compensação não deve ser encarada como um pagamento.

Existem três tipos de doação no âmbito da reprodução assistida: doação de sémen, doação de óvulos e doação de embriões.

Fertilização com sémen de dador

Doação de sémen

É bastante fácil um homem doar sémen. A sua amostra de sémen ejaculado apenas tem de ser colocada num recipiente que será analisado em laboratório.

Na primeira consulta médica, o dador tem de responder a uma série de perguntas sobre o seu historial médico. Posteriormente, o sémen do dador é analisado através de um espermograma que avalia a qualidade do mesmo. Se algum problema na qualidade do sémen é detectado, o dador não é válido.

Vários exames, como análises de sangue, são realizados com o objectivo de garantir que o dador é um homem saudável e que não existem anomalias genéticas.

Doação de óvulos

A doação de ovócitos (célula que se converterá em óvulos) é um processo mais complexo que a doação de sémen. Neste caso, é necessário realizar-se uma intervenção cirúrgica. Como os riscos desta doação são maiores, a compensação económica que a dadora recebe também o é.

As mulheres dadoras têm, igualmente, de submeterem-se a alguns exames. São realizados análises de sangue, testes de detecção de vírus e uma revisão ginecológica completa para comprovar que não existem, por exemplo, malformações uterinas.

Doação de embriões

Está doação é feita por casais que após a realização de um tratamento de fertilização in vitro têm embriões sobressalentes que são crio-preservados com o objectivo de serem utilizados posteriormente. Se o casal já não quer ter mais filhos pode decidir doar esses embriões à uma clínica para que outros casais possam adoptá-los.